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A educação do amor

Diante dos desafios podemos questionar por que alguns pais obtêm sucesso e outros falham na tarefa de educar?

South American March 7, 2018

Em Lucas 24:32 os discípulos relatam o profundo desejo que tinham em ouvir o seu Mestre: “porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” Frequentemente nos questionamos se nossos alunos também ficam desejosos em nos ouvir. Parece que atualmente existe um total esfriamento dos ouvintes, não só quando um professor fala, mas até mesmo diante de autoridades como palestrantes e até um pregador. Em algum momento do caminho, perdeu-se o respeito pela autoridade e a educação da vontade ganhou força e poder na formação do educando.

Sentimo-nos falando sozinhos, já que a escola, um espaço mais privilegiado de discussão e formação, algumas vezes perde espaço para o professor Google. Nada contra a tecnologia, mas ela nos tornou mais dinâmicos, ágeis e ávidos por conhecimento. Mesmo com mais informação, o contato pessoal se tornou mais superficial. Estamos sem tempo, ficamos pouco tempo em casa e, consequentemente, controlamos menos as influências perdendo nossos filhos para a educação do presente. A geração que tudo pode e com bom acesso à informação, mas que é desinformada. Por outro lado, a educação para o futuro exige preparação na escolha dos valores fundamentais à formação do caráter.

Diante desses desafios podemos questionar por que alguns pais obtêm sucesso e outros falham na tarefa de educar? É inegável que todos nós, como pais e educadores, desejamos que nossos filhos sejam bem-sucedidos, mas já parou para refletir o que seu filho chama de sucesso? Talvez para ele seja seguir os passos do pai. Absorver e adquirir hábitos bons desde a infância possibilita no futuro tomar decisões positivas e equilibradas. Em Provérbios 22:6 nos é lembrada essa importante missão: “instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. A relação pai-filho é fundamental. Esses meninos e meninas podem se enfadar com as restrições, mas no futuro agradecerão pelos cuidados recebidos nos anos em que eram inexperientes.

Esse é um caminho que deve ser traçado em conjunto os pais e os educadores. Essa parceria favorece, por exemplo, ensinar que humildade e reverência devem fazer parte do caráter. A educadora Ellen White lembra que “as crianças a quem se permita cumprir sempre sua vontade, não são felizes. O coração insubmisso não tem em si os elementos de sossego e contentamento. A mente e o coração têm de ser disciplinados e postos sob a devida restrição, a fim de que o caráter harmonize com as sábias leis que governam nosso ser. Desassossego e descontentamento são os frutos da condescendência e do egoísmo. O solo do coração, como o de um jardim, produzirá joio e espinheiros, a menos que sementes de preciosas flores sejam ali plantadas e recebam cultivo e cuidado. Como em a natureza visível, assim se dá com a alma humana.”

Em Provérbios 3:5-6 encontramos o segredo necessário para que como pais e educadores possamos ensinar valores para essas crianças: “Confie no Senhor de todo o seu coração; nunca pense que sua própria capacidade é suficiente para vencer os problemas. Em tudo quanto for fazer, lembre-se de colocar Deus em primeiro lugar. Ele guiará os seus passos e você andará pelo caminho do sucesso.”


Nota: Artigo escrito e postado em Português.

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Raymi Link

Graduada em Letras - Língua Portuguesa pelo Centro Universitário Franciscano (1990). Especialização lato sensu em Metodologia de Ensino pelo Instituto Adventista Paranaense (IAP) e em Tecnologias Educacionais e Docência pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP). Professora dos Colégios Adventistas de Florianópolis, Tutora da Universidade Corporativa Adventista (UNICA), Brasil.

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