O que faz a diferença na educação? Seriam as instalações, os equipamentos e a tecnologia? Seria o chat GPT, um assistente virtual, lançado recentemente pela OpenAI, a inovação para o processo de ensino e aprendizagem?
Vivenciamos um período de muitas transformações e inovações tecnológicas, o que muitas vezes nos faz refletir sobre a necessidade ou não de um capital humano. No entanto, é justamente neste período em que a figura do professor é de total importância, necessitando de investimentos, treinamentos educacionais e tecnológicos a fim de elevar o rendimento pessoal de cada indivíduo e ampliar suas habilidades e conhecimentos.
Com esta revolução tecnológica houve uma grande mudança no perfil dos alunos contemporâneos, tornando-se muito clara a diferença entre a formação clássica dos professores e da realidade que cerca os alunos. Torna-se necessário então, uma mudança de paradigmas. Este agente de mudanças, de transformação é o professor.
Em sua pesquisa de doutorado Suely Corradini (2013), teve acesso aos dados do Pisa a fim de analisar qual o diferencial das escolas que tiveram melhor desempenho. Descobriu que “não existe uma resposta única nem um modelo que se possa transferir completamente. Mas um caminho comum foi o investimento nos recursos humanos”. O professor é o diferencial nas escolas com bom desempenho. Ela também afirma que “a qualidade de um sistema educacional nunca é maior do que a qualidade de seus professores”. Por isso a importância de se investir em capital humano. Este capital, diferentemente do capital econômico, não pode ser roubado, transferido, vindo a constituir um bem pessoal que acompanha o sujeito durante toda a vida e que de alguma forma influencia em sua trajetória social e econômica.
É necessário que os professores tenham capacitações para o uso das novas tecnologias da informação e comunicação como aliadas ao processo educacional. É fato que o professor deve utilizá-las de forma a levar o aprendente a desenvolver a autonomia, a busca pelo aprendizado, pelo conhecimento. Sendo assim, o professor é o facilitador da aprendizagem e o promotor da autonomia dos aprendizes.
Também é necessário que o professor compreenda a importância da interatividade, da troca de conhecimento com o aprendente, nesta sociedade do conhecimento conectada em rede, onde todo indivíduo pode ser um propagador da informação, conduzindo de maneira inovadora o processo ensino-aprendizagem.
Afinal, o que faz a diferença na educação? A diferença se faz através das pessoas, ou seja do professor que inova, que usa seu talento, competência, preparo e motivação no processo ensino-aprendizagem. O professor é o capital humano que aliado às novas tecnologias levará os alunos a melhorarem seu conhecimento intelectual, social e principalmente espiritual, pois de acordo com a escritora Ellen White (2008, p. 229), “ao professor é confiada importantíssima obra”, a de a de moldar o espírito e o caráter dos educandos a fim de que sejam bênçãos para a sociedade.
WHITE, E. G. Conselho aos pais, professores e estudantes. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008.