Após um diagnóstico da aprendizagem, a avaliação formativa passa a desempenhar dois papéis importantes no processo:
- Ensinar de formas diversas as habilidades necessárias para a aprendizagem significativa dos alunos. O uso das metodologias ativas auxilia o docente a alcançar de forma criativa e abrangente a todos os alunos com suas diversas formas de aprender. O ápice da avaliação formativa é a rubrica de avaliação com os critérios e seus respectivos indicadores de desempenho, bem estabelecidos pelo professor e apresentado aos alunos. Destarte, isso ajuda a medir a intensidade individual do desenvolvimento de tal habilidade avaliada.
- Durante todo o processo, a cada atividade intencional formativa desenvolvida, o professor pode ter feedbacks sobre o que os alunos aprenderam, oportunizando aos discentes a autoavaliação, e pela metacognição levar os alunos para autorregulação da aprendizagem. Por fim o papel da avaliação somativa, antes vista como a mais importante, passa a ter um papel secundário, onde não somente avalia o resultado individual do aluno, como também a prática do professor e todo o programa de ensino.
O desenvolvimento da sequência didática dependerá dos aspectos avaliados na sondagem inicial, que facilitará para o professor conduzir a aula de forma significativa. É no decorrer das aulas bem elaboradas com foco em metodologias ativas que o professor busca de forma intencional propor atividades que desenvolvam a habilidade requerida. Scriven, (1967), propôs em seus estudos a concepção de avaliação formativa. Sobre a avaliação de currículos e programas, o autor defende que o objetivo da avaliação é apreciar, julgar e formular juízos de valor. Para que os objetivos sejam alcançados, faz-se necessário uma análise e que os dados obtidos sejam utilizados de forma construtiva para as transformações necessárias, com vistas ao aperfeiçoamento programático. Nesse aspecto, a avaliação formativa possibilita a interação entre o professor e o aluno ao longo do processo ensino e aprendizagem, uma vez que auxilia os envolvidos com informações acerca dos objetivos alcançados e o que ainda precisa ser desenvolvido.
Expandindo as pesquisas sobre avaliação, Bloom (1983, p. 9) sugere que “haja sistematização na coleta de dados para a verificação das mudanças em quantidade ou grau que estão ocorrendo, bem como verificar as mudanças ocorridas em cada aluno”. A avaliação formativa tem a função de fornecer um parecer informativo à medida que o estudante evolui, ou apresenta dificuldades no que é essencial dos componentes considerados necessários para a continuidade na unidade de aprendizagem. Cabe ao educador a tarefa de apontar as formas pelas quais os alunos serão modificados e decidir os materiais a serem utilizados, quais metodologias são mais adequadas as necessidades da turma e que atividades serão desenvolvidas pelo aprendiz, para que a aprendizagem ocorra da forma significativa. É papel do professor desenvolver rubricas com critérios de avaliação para cada atividade avaliativa.
Bloom (1983) pondera que os alunos precisam conhecer os dados sobre o progresso de sua aprendizagem, como a cerne da avaliação formativa. A avaliação fornece elementos para as intervenções durante o desenvolvimento do aluno, apontando para o aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem. Compreende-se que a utilização dos dados da avaliação somente para fins classificatórios, pode contrafazer o potencial mediador da avaliação formativa, reduzindo a pujança do processo de ensino, causando danos para a aprendizagem efetiva dos estudantes.
Para tanto, durante o processo formativo dos alunos, é necessário que o educador elabore e inclua na sequência didática momentos de autoavaliação e autorregulação da aprendizagem para que os estudantes consigam mensurar e acompanhar a própria aprendizagem.