7 formas de usar metodologias ativas - parte 3

Assessment and Evaluation October 26, 2023

Para Demo (2004), o ato de aprender precisa tornar-se um processo reconstrutivo, que permita ao estudante estabelecer diferentes relações entre fatos e objetos, produzindo ressignificações e reconstruções e contribuindo para a sua aplicação em diferentes contextos.

Nesta terceira e última parte da série sobre metodologias ativas, apresentamos mais quatro formas de usar essas metodologias como instrumento formativo na alfabetização. 

  • Sala de aula invertida: 

A prática ativa conhecida como “sala de aula invertida” pode ser aplicada à instrução de alfabetização para encorajar uma aprendizagem mais profunda, significativa e colaborativa. Nessa abordagem, o professor fornece o material para os alunos aprenderem antecipadamente por meio de textos, vídeos ou outras mídias. Nessa fase é necessário que os responsáveis estejam participando desse processo, uma vez que os estudantes ainda não são totalmente independentes no processo de aprendizagem.  

Com essa abordagem os alunos aumentam sua compreensão do material durante a aula, enquanto o professor orienta a discussão e esclarece quaisquer mal-entendidos. A sala de aula invertida pode ser utilizada na instrução de alfabetização para incentivar o aprendizado ativo e independente, ao mesmo tempo em que promove o crescimento de habilidades cruciais, como resolução de problemas, criatividade e comunicação.

  • Gamificação: 

A gamificação é uma prática que pode ser aplicada na alfabetização para incluir os alunos e melhorar sua aprendizagem. Os alunos podem se divertir enquanto aprimoram suas habilidades de alfabetização, como leitura, escrita e compreensão, introduzindo componentes do jogo como pontos, insígnias e tabelas de classificação. Por exemplo, os professores podem criar um desafio de leitura em que os participantes recebem incentivos para atingir determinados marcos e ganhar pontos para cada livro que leem. A gamificação pode encorajar os alunos a se tornarem mais envolvidos e autoconfiantes, tornando a alfabetização mais divertida e envolvente.

  • Cultura Maker:

A fim de promover a criatividade e as habilidades de resolução de problemas na alfabetização, a Cultura Maker é uma técnica ativa. Incentiva as crianças a construir e inventar usando tecnologia, como impressoras 3D e ferramentas de programação. Ao incentivar os alunos a criar seus próprios contos, figuras e histórias em quadrinhos ou a construir modelos de locais e pessoas em seus materiais de leitura, os professores podem incluir essa prática nas aulas de alfabetização. Essa estratégia pode incentivar as crianças a ler de forma mais crítica, ao mesmo tempo em que as ajuda a se tornarem melhores pensadores críticos.

  • Pesquisa de campo:

A técnica de pesquisa de campo é uma abordagem ativa que pode ser utilizada na alfabetização. Ele incentiva os alunos a observar e avaliar seu ambiente, a fim de melhorar suas habilidades de comunicação e pensamento crítico. Os professores podem ajudar os alunos a desenvolver questões de pesquisa, coletar informações e organizar seus resultados, promovendo a colaboração em grupo e o aprendizado intencional. Os alunos podem relacionar experiências do mundo real com suas habilidades de leitura e escrita usando pesquisa de campo na instrução de alfabetização, o que melhora sua compreensão e conexão com o mundo exterior.

Em suma, ao usar metodologias ativas inserimos os alunos na formação que visa estabelecer diferentes interações tecnológicas e sociais. Assim, o aluno assume o papel de protagonista. Desse modo, as metodologias ativas são instrumentos benéficos para os professores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na alfabetização.

*Ler a parte 1 desta série

*Ler a parte 2 desta série

Demo, P. (2004) Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes.

Authors

Adriana Silva Lopes Matias

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Atualmente é Mestranda em Letras pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e participante dos grupos de pesquisa. Serviu na Região do Sul e Sudeste do Pará como Coordenadora Pedagógicas e Orientadora Educacional na Associação Sul do Pará e atualmente exerce a mesma função técnica na Missão Nordeste Maranhense, Brasil. Possui oito anos de experiência na Orientação Pedagógica e Educacional. Possui experiência na área de Coordenação Escolar, regência de aula na Educação Básica na Associação Maranhense. Serviu também a Rede Educacional Adventista como Gestora escolar na Região Norte do Brasil, nas unidades escolares: Escola Adventista de Bacabal, Colégio Adventista de Tucumã e Colégio Adventista de Marabá.

Elaine Wagner Cavalcante

Coordenadora de Campo da Associação Sul Maranhense, formada em Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade Estadual do Mato Grosso, UNEMAT. Possui sete anos na sua área de atuação, trabalhando no Colégio Adventista de Cáceres, onde desempenhou o cargo de Orientadora Educacional, e no Colégio Adventista Centro América, atuando como Coordenadora Pedagógica. Uma profissional capacitada e dedicada.

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